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Mostrando postagens de 2015

Meu peixinho dourado

Quando eu tinha 9 ou 10 anos, não me lembro bem, fui à feira de quinta-feira perto de casa. Havia um vendedor de peixes para aquário, ele colocava todos os peixes em um só recipiente apertado e sujo, o tipo de coisa que nenhuma entidade protetora de animais aceitaria. Não me lembro muito bem porque mas naquele dia minha mãe deixou que eu escolhesse um peixinho. Entre as opções aqueles miudinhos sem graça laranjas fluorescentes, alguns meio cinza e um diferente. Aquele peixinho diferente estava lá no fundo, com cara de doente ou triste, bem xoxo, ele tinha uma linda calda igualzinha a de um livro que eu tinha em casa chamado "O Peixinho dourado", a história do livro é a mesma de Procurando Nemo, da Disney, um peixe se perde da família, retorna e se arrepende de ser tão travesso. Com muita pena do peixinho solitário, pedi para minha mãe compra-lo. O preço? R$ 2,00 reais. Crianças são engraçadas, existem pais que gastam uma fortuna para agradar os filhos, porem existem a

Meus 24 estranhos anos

Fiz aniversário em março deste ano e não foi uma data feliz. Desde esse dia, passei a me cobrar de mais. Chorei muito pois não realizei tudo o que imaginei que fosse possível ter aos 24. Pensei que estaria casada ou noiva, que já teria um carro, pós graduação e estaria comprando meu apartamento. Por outro lado não tem nada de errado em não ter feito tudo isso ainda. Não encontrei alguém que me veja como uma opção para a vida toda, não decidi se quero fazer pós e nem qual o curso e todas as vezes que tentei juntar dinheiro para um carro surgiu algo muito importante do qual tive que abrir mão da poupança. Já estamos no final de julho e sinto que depois da faculdade algumas coisas ficaram meio que na mesma na minha vida, só trabalho, solteira, fiz alguns cursos mas nenhum de super relevância como uma pós, tirei carta mas não dirijo, ainda não viajei para o exterior e nem um cachorro eu tenho para vir abanando o rabo quando chego (sei que é bom pois já tive um). Olhando o lado positivo,

Ansiedade faz correr atrás do vento

Nos últimos meses comecei a me ocupar de mais, entrei num fluxo de correria e de repente me perdi. Não sabia mais o porque estava correndo, não sabia atrás do que estava. Então parei... Parar foi uma decisão difícil, parar foi como jogar um bote salva vidas porem quando entrei no bote fiquei sem norte. Não sabia para onde navegar. Então vi que me cobrar respostas gerariam mais angustias. Não expliquei nada a ninguém, era eu e eu. Com o passar dos dias a poeira foi baixando e algumas luzes surgindo no final do túnel em que entrei. Ainda não cheguei nas respostas, e Deus em breve me dará, mas ao menos pude ficar tranquila, parar faz bem!

Pedacinho do céu

Se um dia você perceber que nunca lhe deram um pedacinho do céu. Crie asas e busque o seu pessoalmente. ;) 

Os fieis permanecem

Não há motivos para temer decisões tomadas em Deus. Deus é perfeito, justo e fiel. Se Deus nos afasta ou nos aproxima de pessoas e situações é porque tem um plano especial para nossas vidas. Na hora da dor e da solidão não entendemos, mas Ele provem as nossas necessidades e não os nossos caprichos. Ele enxerga além pois Ele é o começo e o fim, o Alfa e o Omega, aquele capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou imaginamos, pois vê um coração quebrantado, recolhe seus cacos de fé, seus sentimentos obscuros, todos os pecados e lança-os fora ao mar do esquecimento. Não é fácil viver em Deus, não é fácil seguir uma vida de santidade, porque nosso coração é pecador. A diferença do crente e do incrédulo e que mesmo comento os mesmos pecados em número e grau, o crente tem a liberdade de se arrepender e sendo incomodado pelo Espirito Santo, ele se prostra de coração aberto e quebrantado, e ao se erguer faz o possível para nunca mais falhar neste ponto. Em Deus também buscamos força

Eu escolhi a verdade

Um dia eu vi que viver de verdade era a única forma de ser inteira nesse mundo. A verdade de um não é a verdade do outro. Mesmo assim ela deve ser dita. Um dia vi uma menina de sapatos desamarrados, seus tênis estavam cheios de tinta mas suas roupas não. Dava pra perceber que duas cordinhas soltas eram as ultimas coisas que uma alma desprendida se importaria. Havia música em seus ouvidos, havia vento em seus cabelos, havia sol em sua pele, havia paz em seu sorriso. Tive mais certeza de tudo quando uma senhora a parou e alertou sobre os cadarços. A menina agradeceu e nem olhou para seus pés, continuou andando quando um senhor a barrou e alertou sobre o perigo de deixar as benditas cordinhas soltas. Ela agradeceu e repetiu o passo a frente como quem não tivesse ouvido nada. Admirando todo o desprendimento desejei a mesma liberdade de espirito, foi quando uma senhora me puxou pelo braço e me alertou sobre minha mochila aberta. Naquele dia percebi que minha mochila era o tênis da garota