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Mostrando postagens de 2018

Dom Quixote da Paulista

Moço mistura a batata com a pipoca Porque eu não quero passar vontade de nada nessa vida. É aquela história... Outubro ou nada. A gente sonha uns minutos e já volta pra realidade. Porque sonhar ainda é de graça E a gente não pode esquecer de ser criança. Como Dom Quixote não esqueceu, E se os prédios são os meus moinhos, Me resta a Consolação de que dias melhores virão.

Amor pela metade

Estranhos paralelos, menos de mim. Menos de nós. Ignoramos para sobreviver. Sobreviver a que?! A mim, a nós. Um é sempre impar e dois é sempre par. Pq?! Pq  não é nós, é mim. Quando um for suficiente, dois será exagerado. Menos pra mim, que prefiro o nós. Minha sorte é que um, nunca é suficiente. Menos de mim, mais de nós. Eu vejo cor em toda parte mesmo com o amor pela metade.

Compulsão pela beleza

Na vontade de ser uma pessoa mais saudável e magra, fui buscando todos os médicos e todas as possibilidades. Recentemente fiz vários exames, e foram identificadas coisas que precisavam de melhorias. Com a chegada do casamento da minha irmã queria também perder uns quilinhos. Fazer academia não é minha praia definitivamente. EU DETESTO! O  problema é ir até a academia anoite, com frio, chuva, cansaço, colocar aquela roupa coladinha e fazer os tais movimentos repetitivos diariamente e voltando para casa tão tarde. Ainda torço para que inventem uma formula mágica de me transportar pois me locomover entre os lugares é meu pesadelo. Mas voltando ao assunto, um médico me receitou vitaminas, o outro remédios para o estomago, o outro para o rinite, depois mais alguns para emagrecer, colírio, alguns para o cabelo e pele, e por conta resolvi romar colágeno afinal estou ai chegando nos trinta anos (ainda tenho 27 calma). Fora isso, eu já vinha há anos com um hábito de cremes, eu tenho cremes

Você acredita Iara?

Fui assistir a apresentação dos Improváveis aqui em São Caetano. Fazia tempos que estava querendo assisti-los afinal fazem 10 anos que estão em cartaz, já adorava nos tempos da falecida MTV Brasil que hoje é ocupada por futilidades enlatadas da gringa. O teatro no geral é fascinante, uma das minhas artes preferidas tendo em vista que nunca fui fã de cinema. Então com mais alguns amigos (que já haviam assistido anteriormente) eu fui pela primeira vez. Poderia ser apenas mais um relato de como o show é bacana e de como Os Barbixas são a atual referência em improvisação mais forte do pais se não fosse por minhas peripécias...  Mas uma vez eu entrei em uma daquelas situações engraçadas das quais eu tenho que rir e seguir o baile. O fato é que sou a pessoa mais distraída que conheço e faço um grande esforço (acredite) para não entrar em enrascadas, mas de alguma forma elas caem no meu colo (hahaha). Logo no inicio da apresentação o mediador foi fazendo diversas perguntas: -Quem

Descobertas no MAC

No ultimo final de semana o grupo de jovens da minha igreja combinou de ir ao Ibirapuera correr. Eu não faço o tipo esportivo e fui para dar um incentivo ao grupo fazendo número. Quando cheguei, o grupo já havia dispersado e eu fui andar de bicicleta afim de aproveitar aquela manhã de outono com carinha de verão europeu. Eu estava me sentindo leve com aquele sol gostoso e as famílias felizes a minha volta caminhando com seus bebês e cães. Andar de bike foi tão bom que eu não queria que meu dia termina-se ali às 11h da manhã, então fui checar as opções para prolongar o rolê.  Vi uma pequena movimentação em frente ao MAC - Museu de Arte Contemporânea da USP e não resisti em entrar. Esta era minha primeira vez por lá, claro que eu não tinha a menor ideia das informações, se era de graça, o que tinha lá, se podia entrar de mochila, se podia entrar com roupa esporte, só fui entrando. Logo no primeiro piso um enorme gato de pelúcia recebia os visitantes. Para vocês terem uma ideia o bichan

Nina a doguinha hiperativa

Em um dia de chuva Nina me seguiu até em casa, eu sabia que ela não seria facilmente aceita pelo restante da família, mas ela parecia tão boazinha. Porque não?! A principio pensei que fosse um macho, pois essa barbinha me enganou. Com a ajuda de uma vizinha identificamos que era uma fêmea e prontamente a vizinha me ajudou trazendo ração. As semanas seguintes a chegada da Nina (Nina Ricci é meu perfume preferido) foram dias desesperadores de choro e raiva. Nina não era um simples cão abandonado. Levei-a ao Dr. Mauricio, um veterinário bacana aqui do bairro e até ele a Nina enganou. Ela entrou sorridente, abanando o rabo e o Dr. Mauricio nem suspeitou que ela era uma cachorrinha de rua. Ele passou uns remédios para pulgas e informou que ela deveria ter cerca de dez meses (ou seja uma filhotinha ainda).  Talvez pela idade, talvez pela situação de rua, Nina não conseguia se comportar. Ela se revelou um cão com muitos problemas. Se tentássemos sair, Nina agarrava em nossas pernas c

E S P A Ç O

Todo espaço é fascinante. O espaço do vão do Masp, o espaço entre as letras, o espaço das gavetas, um passo de elefante. Tem espaços infinitos como o coberto de estrelas e tem espaços que terminam em apenas um abraço. Todo mundo merece um espaço. 

Um aniversário maduro

Hoje completo 27 anos, gosto de escrever algo nos meus aniversários pois não é possível alguém chegar há mais um ano de vida, com a benção de Deus, sem crescer como individuo. Aos 27 aprendi que ouvir é melhor que falar, quem fala muito sobre um assunto sem um preparo é um tolo, não existe a possibilidade de afirmar algo que não conhecemos.  Eu finalmente entendi que aparentar algo é tão importante quanto o fato de ser verdade. Vi na prática que comer qualquer coisa, vestir qualquer coisa e falar qualquer coisa é auto destrutivo. Também descobri que ter quatro empregos em um ano não é tão ruim quanto parece e que se é da vontade de Deus a gente começa a trabalhar na segunda-feira seguinte. Meu estilo musical pode ficar bem mais eclético com os anos, os medos também mudaram e estar solteira é bem funcional. Descobri que não consigo mais viver sem creminhos e que apesar das pequenas marquinhas de expressão estarem presentes, muitos podem te achar jovem da mesma forma. Surpreendentement

Nunca dê algo como perdido

Não tenho o hábito de pegar livros emprestados pois já destruí dois, um na chuva e um com o uso, mas nunca perdi. Porém na última terça-feira estava quase terminando um dos melhores livros que já li - Eu sou Malala - e deixei ele no banco do ônibus. Quando me dei conta já era tarde e sem esperanças comprei mais dois livros, um para a dona e um  pra mim. Hoje o cobrador do ônibus me surpreendeu me devolvendo o livro, fiquei radiante! Aprendi minha lição de não ser precipitada, antes de dar qualquer coisa como perdida, seja um objeto ou um objetivo, lembre-se que o universo conspira a favor dos que acreditam e trabalham. O livro ficou de presente para o simpático cobrador e espero que ele goste tanto quanto eu. Não perca a fé na vida, nas pessoas e principalmente em Deus. Boa semana! Texto de 2015 publicado hoje.

Salgar o corpo para adoçar a alma

Eu me pergunto se faço parte, se tenho o direito de ser essa arte. Se ñ criarmos expectativas seremos conscientes, se eu decidir ser feliz eu serei. Mas por hora o cinza vai dominar o azul celeste outra hora rejeitado. A paz é mais sagrada que a felicidade pq ñ existe felicidade completa, mas paz sim. Em silêncio saí da ação para a observação. Foi quando tudo fez sentido. Ñ se vê nada nítido de dentro de um vidro. Ñ se chega até a praia morando em aquários. Porém o mar é frio e bravo, nele encontra-se riscos e nele encontra-se vida.