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RESPOSTAS, ANCORAS E ALGO SOBRE A FELICIDADE

Eu não tenho nenhuma resposta, não sei se é a maturidade, ou a minha falta de expectativa mas nesse momento não há respostas. Eu vou continuar fazendo o de sempre, mas até o de sempre esta difícil. Sinto uma enorme saudade de quando tudo era novidade, eu me lembro de ficar replicando com entusiasmo aquele monte de descobertas, eu despejava informações em meia duzia de pobres coitados, eu não sei se me aturavam por dó ou por não terem o mesmo otimismo com a vida.

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Eu me lembro do brilho dos olhos que parecia que tinham derramado um kilo de glitter em mim. Pegava uns livros e lia, pegava uma tarefa e fazia, fazia tudo errado mas fazia, eu queria mostrar trabalho, eu queria ser promovida, eu queria ser vista, queria fazer a diferença no mundo e não via a dark net, não via o mundo invertido. Este céu de algodão doce foi derretendo com cada pancada, eu me ergui, todas as vezes eu levantei, eu chorava e levantava o bicho resistente eu fui, formiga trabalhadora.

Em determinado momento eu vi que eu não vencia, meu corpo estava dolorido, minha mente perdida e meu coração ancorado em lugres sombrios. O que eu estava buscando? Onde coloquei minha felicidade? ESSA FICÇÃO DE FELICIDADE! Porque ninguém nos conta que a estrada já é a felicidade em tempo real? Você só percebe a felicidade depois que ela vai embora, só damos valor ao que é nostálgico, não tem jeito, porque se ainda não vivemos não temos como saber.

Minha mente esta exausta e meu coração vazio, eu coloquei o lençol da cama pra lavar a três dias e não tive a decência de desdobrar o outro limpo e colocar na cama. Minha negligencia e procrastinação revelam toda a verdade escondida com sorrisos e frases de ajuda. A auto-ajuda que eu tanto compartilho são as minhas boias no oceano e eu não vi o iceberg e eu não sei reconstruir um Titanic, na verdade eu nem sei se quero mais ser Titanic, talvez eu queira ancorar, talvez eu não deva ancorar. Seja como for, nesta boia eu não fico!


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