1ª Iara: A baby Iara era uma criança fofa, que pouco chorava, esperta, falava tudo direito. Era careca com olhos de jabuticaba, roubou gelatina do seu bolo de um aninho o que comprova desde a primeira infância sua loucura por cor. Tinha um quarto muito branco pois minha mãe não quis saber meu sexo. Em meu quarto foram pendurados quadros do pai em meio aos moveis escuros e rústicos. Não acho muito normal ter quadros de Charles Chaplin em um quartinho de bebê. Também haviam assustadores palhaços o que explica minha aversão a pessoas fantasiadas como tais.
2ª Iara: Era mimada como toda filha única, neta única e única sobrinha. Dispunha de muita energia para brincar. Me esforçava na escolinha para estar com amigos. Porem em casa me sentia só e passava horas dando aula sobre o que aprendi na escola para minhas bonecas.
3ª Iara: Já tinha minha parceirinha de aventuras Gabi. Descobri que amava desenhar e que odiava matemática. Fiz muitos e eternos amigos. Tomei gosto pelos estudos, cresci em todos os aspectos.
4ª Iara: Foi quando me revelei cheia de opinião. Queria mudar o mundo, não me aceitava e não aceitava os outros como eles eram. Criticava de mais, sorria de menos, me escondia de mim. Usava preto e sabia tudo sobre coisas que não eram importantes.
5ª Iara: Percebi meus erros na fase anterior e fiz de tudo para conserta-los. Com medo de erras continuava fechada para o mundo. Me afundei em conhecimento gerais mas não sabia o nome de todos da minha sala na escola. Tinha muita força de vontade e abusei de meus talentos. Tive muito reconhecimento e um amadurecimento precoce.
6ª Iara: Terminei o ensino médio e já cai na faculdade. O primeiro semestre foi desastroso, com antipatia, medo e descrença. Depois foi dominada por um sentimento de paixão pelo curso, pela área, pelos amigos, pela universidade, pelos projetos, pelo trabalho duro e pela vida.
7ª Iara: Sou eu hoje. Confusa e estática busco nas iaras do passado uma resposta de futuro.
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