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Escola, educação e amigos

Quando terminei a pré escola aos 6 anos, fui visitar uma "escola de gente grande". Pequenininha como eu era qualquer criança parecia mais velha. Francamente eu não gostava na minha antiga escolinha a falida Infanto Gini. A única coisa boa que esta escola me rendeu foi a minha grande amiga Amanda que sempre esteve comigo e que em breve terá um post exclusivo sobre ela! É o minimo para agradecer tamanha amizade (Amanda vou parar por aqui porque se não fico só falando sobre você! hahaha) O tempo que passei nesta escola foi bem ruim, eu era uma criança rebelde sem causa, agitada que fazia pequenas artes, vivia excluída, mal me lembro das aulas só lembro de sempre estar de castigo na sala da diretora que brigava comigo e mandava eu ir "pensar" no pátio e depois pedir perdão. Eu nunca sabia direito o que eu tinha feito de errado, só sabia que não queria estar lá. Em fim, na minha mente infantil mas madura para a idade eu sabia que a mudança de escola era um novo começo, uma nova chance de crescer, fazer amigos e superar minhas pequenas dificuldades de concentração que eu sempre tive mas na época estavam dificultando muito a minha alfabetização. Vejam só, hoje eu não consigo imaginar a minha vida sem o habito da leitura e sem poder me expressar em palavras, mesmo assim sempre cometo alguns errinhos ortográficos.

Graças a Deus a minha nova professora da 1ª série do Colégio Adventista era um doce. Uma ótima professora que com muito carinho, paciência e aulas de reforço depois do horário, me ajudou a vencer esta etapa. Descobri que se eu exercitasse conseguiria. Desde esta época já era preocupante as minhas notas em matemática e inglês o que se arrastou até o ensino médio.

Na escola grande de gente grande haviam muitos pequeninos como eu e alguns amiguinhos da antiga escola o que me deixava bem confortável. Minha sala tinha cerca de 30 alunos e como só tinha uma turma que permaneceu quase a mesma por anos não é difícil lembrar o nome de todos. Já se passaram anos e me lembro perfeitamente de como era a estrutura da escola, dos meus livros e cadernos encapados de plástico rosa transparente até a 4ª série minha mãe encapava todo ano assim. Quando fui para a 5ª série fiz algumas exigências engraçadas mas na época faziam todo sentido. Queria encapar com contact transparente e não mais plastico rosa. Também pedi uma mochila transversal preta porque isso sim era mala de gente do fundamental dois! Parei de usar xuxinhas bem no alto da cabeça, agora eu mesma penteava e montava meus 'looks'. Parei de usar coisas de desenho animado, apesar de assistir todos os dias. Comecei a comprar lanche na cantina no lugar do lanchinho feito em casa. Minha mãe não me daria beijinho na porta da escola, só no carro. Também pedi que minha mãe não comprasse o material como borracha e lápis do kit da escola pois eu queria um material diferente com mais personalidade. Hoje parece bobagem mas admiro que minha mãe tenha entendido tão perfeitamente essa pré adolescência!

Os anos no Adventista foram tranquilos, varias histórias marcaram esses oito anos. Tive ótimos amigos que até hoje quando me lembro deles bate a nostalgia forte. Me lembro com carinho até das pequenas brigas que tivemos, das pequenas artes e de como eramos felizes. O mesmo grupo de amigos da 1ª até a 8ª série. Infelizmente tive que sair da escola para cursar o ensino médio na rede pública o que me fez amadurecer muito. Achava que ia perder meus amigos para sempre mas não foi o que aconteceu, na verdade as coisas se renovaram.

Me lembro com muito carinho de cada professor no Adventista e como eles influenciaram na minha formação. O que realmente importa não é se vamos lembrar da matéria da 4ª série para sempre mas se sabemos a importância dela para nossas vidas. A escola é onde passamos horas do dia e grande parte das nossas vidas. Se desde pequenos criamos paixão pela escola os princípios de educação, respeito, responsabilidade social, amor ao próximo, coletividade, raciocínio e convivência estarão sempre presentes. É através de uma educação de qualidade que se forma cidadãos conscientes de seus papéis na sociedade, gera a paz e não a violência, amor pelos estudos e gente de bem que fará o bem. A família é fundamental mas na escola é que tudo é posto em prática. Enquanto a educação não for priorizada em nossa cultura nada acontecerá e o ciclo vicioso continuará agindo, formando bandidos e gente sem ética. Pessoas despreparadas para a vida que acreditam que o "jeitinho brasileiro" é normal, que a cultura não existe, que ganhar dinheiro é o que importa. Que Deus nos livre e livre nossos descendentes de uma vida inútil!

                                             Foto: Iara, ano 2000, 3ª série.

Comentários

  1. Adorei! Esperarei o meu post!! Obrigada pela referência!!! Você sabe que é a miha melhor amiga desde sempre!!!!

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